Pela visibilidade que o futebol recebe das grandes mídias, é comum acompanharmos nas arquibancadas um reflexo da insatisfação política e social dos torcedores (que são cidadãos) durante eventos; estes deixam claro que há algo que incomoda a sociedade em relação a determinado temas. É bem verdade que existem casos que torcedores mais exaltados passam dos limites, mas, no geral, o grito da torcida pode ser também considerado um grito por liberdade. Até mesmo dentro de campo, essa luta faz com quê jogadores e árbitro se tornem um só na busca por direitos e pelo fim da corrupção.
Com cidadãos praticando cidadania e colocando em prática seu direito de se expressar, há, então, o descontentamento com algo que, de um jeito ou de outro, é responsabilidade ou do poder público ou das federações que regem e organizam o esporte. Assim, aqueles que são os alvos dos protestos impõe medidas que fazem de manifestações legítimas uma oportunidade de censurar tais atos.
É através das faixas e bandeiras (e alguns outros símbolos) que a representatividade disso faz com quê as manifestações ganhem voz. Um clássico televisionado, por exemplo, é uma oportunidade para mostrar que há algo errado e que o descontentamento com determinado tema é real. Ainda mais quando é noticiado pelas mídias alternativas ou mesmo pela internet que houve repressão, mostram aos torcedores que não enxergam tais problemas, como algo ruim, afinal, nossa democracia é jovem, e os altos momentos de censura que aterrorizavam a sociedade durante o período da Ditadura Militar, ainda permanecem vivos na cabeça de muitas pessoas.
O que há de errado em criticar a sujeira na política? Ainda mais quando um deputado (que, diga-se, emporcalhou a cidade em época de eleição com seus cartazes em todas as esquinas com um slogan fajuto dizendo-se capaz — um trocadilho infame com seu nome) é acusado de um crime que enoja a todos na sociedade. Ou ainda de uma federação que estraga o futebol mais popular do país e abre as pernas a interesses midiáticos? E o que há errado em criticar dirigentes que, por MEDO DE SAIR DO PAÍS, abandonam eventos oficiais e de acompanhar a seleção nacional em eventos para NÃO SEREM PRESOS? Onde já se viu algo assim?
Não pode criticar, não pode protestar, não pode filmar, não pode gritar... não pode torcer. O futebol imitando a ditadura com desmandos, repressão, assassinatos e censura na reportagem da Revista Placar.
Concordado ou não com torcida organizada, os protestos feitos pela mais famosa do Corinthians - a Gaviões - são extremamente honestos. Claro que, partindo do clube que é o que mais recebe de verba da televisão e o que tem maior número de partidas exibidas em canal aberto, criticar parece ser algo contraditório. Mas é um recado também e principalmente para o clube, afinal este tem que prestar contas ao seu torcedor. O clube acaba dizendo "amém" para todas as vontades da TV fazendo com que o torcedor (aquele que paga ingresso caro, perde transporte público pelos jogos em horários ridículos para um país onde o transporte público é uma piada) seja ignorado nessas decisões.
O Brasil parece que anda na contramão do futebol em outras partes do mundo. Recentemente, torcedores do Liverpool em atitude extremamente inteligente abandonaram o estádio para protestar contra o alto preço dos ingresso e, assim como os torcedores do Borussia Dortmund, reclamando da elitização das arquibancadas.
Por isso, fica o pedido: #LiberaFaixa. Não às mordaças impostas pelos grandes mandatários do esporte e da mídia! Estes engravatados que pouco se importam para os interesses da população. Por isso, nossa luta por um futebol sem censura.
A manifestação pacífica já é uma marca histórica no esporte. Na Espanha, por exemplo, em que torcedores pedem a independência da Catalunha nos clássicos do Barcelona contra o Real Madrid. Ou os argentinos que ironizam em referência a Guerra das Malvinas em partidas contra a Inglaterra. Ou mesmo os Panteras Negras durante os Jogos Olímpicos México 1968. Ainda, a indignação causada pela FERJ impedindo qualquer tipo de manifestação contrária aos regulamentos e diretrizes do Campeonato Carioca, o que culminou em uma revolta dos jogadores de Fluminense e Flamengo, em que o, na época técnico rubro-negro, Luxemburgo colocasse uma faixa na boca simbolizando o "cala boca" imposto ditatorialmente pela federação.
— Nota da Federação Catarinense em 2011.
Então, não podemos ficar quietos. Desde o principio tentam fazer do futebol um esporte elitizado. Passados mais de 100 anos, felizmente ainda não conseguiram. A corrupção que impera há muito tempo em nosso país deve acabar. Seja com faixas ou bandeiras, as torcidas que tomam iniciativa por tal ato merecem todo o nosso apoio e, assim, fazemos o coro para que este grito não cale-se.
Com cidadãos praticando cidadania e colocando em prática seu direito de se expressar, há, então, o descontentamento com algo que, de um jeito ou de outro, é responsabilidade ou do poder público ou das federações que regem e organizam o esporte. Assim, aqueles que são os alvos dos protestos impõe medidas que fazem de manifestações legítimas uma oportunidade de censurar tais atos.
É através das faixas e bandeiras (e alguns outros símbolos) que a representatividade disso faz com quê as manifestações ganhem voz. Um clássico televisionado, por exemplo, é uma oportunidade para mostrar que há algo errado e que o descontentamento com determinado tema é real. Ainda mais quando é noticiado pelas mídias alternativas ou mesmo pela internet que houve repressão, mostram aos torcedores que não enxergam tais problemas, como algo ruim, afinal, nossa democracia é jovem, e os altos momentos de censura que aterrorizavam a sociedade durante o período da Ditadura Militar, ainda permanecem vivos na cabeça de muitas pessoas.
O que há de errado em criticar a sujeira na política? Ainda mais quando um deputado (que, diga-se, emporcalhou a cidade em época de eleição com seus cartazes em todas as esquinas com um slogan fajuto dizendo-se capaz — um trocadilho infame com seu nome) é acusado de um crime que enoja a todos na sociedade. Ou ainda de uma federação que estraga o futebol mais popular do país e abre as pernas a interesses midiáticos? E o que há errado em criticar dirigentes que, por MEDO DE SAIR DO PAÍS, abandonam eventos oficiais e de acompanhar a seleção nacional em eventos para NÃO SEREM PRESOS? Onde já se viu algo assim?
Não pode criticar, não pode protestar, não pode filmar, não pode gritar... não pode torcer. O futebol imitando a ditadura com desmandos, repressão, assassinatos e censura na reportagem da Revista Placar.
Concordado ou não com torcida organizada, os protestos feitos pela mais famosa do Corinthians - a Gaviões - são extremamente honestos. Claro que, partindo do clube que é o que mais recebe de verba da televisão e o que tem maior número de partidas exibidas em canal aberto, criticar parece ser algo contraditório. Mas é um recado também e principalmente para o clube, afinal este tem que prestar contas ao seu torcedor. O clube acaba dizendo "amém" para todas as vontades da TV fazendo com que o torcedor (aquele que paga ingresso caro, perde transporte público pelos jogos em horários ridículos para um país onde o transporte público é uma piada) seja ignorado nessas decisões.
- Gaviões e as faixas de protestos. Pode ou não pode? - Nexo
- Torcidas paulistas tiveram uma vitória na luta por liberdade de manifestação nas arquibancadas - Trivela
O Brasil parece que anda na contramão do futebol em outras partes do mundo. Recentemente, torcedores do Liverpool em atitude extremamente inteligente abandonaram o estádio para protestar contra o alto preço dos ingresso e, assim como os torcedores do Borussia Dortmund, reclamando da elitização das arquibancadas.
Por isso, fica o pedido: #LiberaFaixa. Não às mordaças impostas pelos grandes mandatários do esporte e da mídia! Estes engravatados que pouco se importam para os interesses da população. Por isso, nossa luta por um futebol sem censura.
A manifestação pacífica já é uma marca histórica no esporte. Na Espanha, por exemplo, em que torcedores pedem a independência da Catalunha nos clássicos do Barcelona contra o Real Madrid. Ou os argentinos que ironizam em referência a Guerra das Malvinas em partidas contra a Inglaterra. Ou mesmo os Panteras Negras durante os Jogos Olímpicos México 1968. Ainda, a indignação causada pela FERJ impedindo qualquer tipo de manifestação contrária aos regulamentos e diretrizes do Campeonato Carioca, o que culminou em uma revolta dos jogadores de Fluminense e Flamengo, em que o, na época técnico rubro-negro, Luxemburgo colocasse uma faixa na boca simbolizando o "cala boca" imposto ditatorialmente pela federação.
- A DITADURA NO FUTEBOL NÃO ACABOU - Revista Placar
A Federação Catarinense de Futebol vem a publico manifestar seu repudio contra qualquer manifestação ofensiva, realizada em jogos no território de Santa Catarina, direcionada ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr. Ricardo Terra Teixeira, bem como à própria CBF.
— Nota da Federação Catarinense em 2011.
Então, não podemos ficar quietos. Desde o principio tentam fazer do futebol um esporte elitizado. Passados mais de 100 anos, felizmente ainda não conseguiram. A corrupção que impera há muito tempo em nosso país deve acabar. Seja com faixas ou bandeiras, as torcidas que tomam iniciativa por tal ato merecem todo o nosso apoio e, assim, fazemos o coro para que este grito não cale-se.
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