A seleção brasileira entrou em campo pela primeira vez na Copa do Mundo da FIFA Catar 2022, a vigésima segunda edição do mundial de futebol. O Brasil, que participou de todas as edições e tem cinco títulos, venceu a Sérvia por 2 a 0 com uma apresentação bastante empolgante. Ao que parece, tudo funcionou, os poucos sustos que tomamos foram parte do próprio contexto do jogo (o adversário forte e as características de estreia de Copa) e o controle da partida foi brasileiro na maioria do tempo. Mesmo com a preocupante saída de Neymar, ainda ponto central do time, o desempenho geral foi convincente. Richarlison, atacante que tem a 9 na camisa, foi o grande destaque, marcando dois gols, um deles genial. O uso de superlativos para se referir à estreia faz parte da empolgação da torcida brasileira com a própria Copa. Mas há uma especificidade que diferencia esta vitória de outros jogos e análises contaminadas por "pachequismos". O Brasil jogou bem. E isso, vale ressaltar, não é a ga
A pandemia que já tirou a vida de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo ainda assusta. Além da letalidade crescente do novo vírus, não há perspectiva de solução a curto nem a médio prazo. Ao mesmo tempo, o surto do novo coronavírus colocou em evidência diversos problemas da nossa sociedade, tornando este momento, além de um crise de saúde, uma crise política, social e humanitária. No país em que as crises são praticamente parte da rotina e que o lema "Ordem e Progresso" da bandeira é apenas uma das muitas "fake news", o cenário e as perspectivas são ainda piores. Não há otimismo sequer para imaginar o que fazer no pós-quarentena. Há seis anos, os brasileiros vivenciaram um ano bastante movimentado. Em 2014, além de ser ano eleitoral, o Brasil sediava a Copa do Mundo de futebol daquele ano, após sete anos de atrasos, polêmicas e de muitas discussões. As notícias vindas da política inflaram muitos a irem às ruas ao mesmo tempo em que a seleção entrava em ca